Amputação da alma

A vida é preciosa demais para nos abandonarmos no território da tristeza, mera violência desolada na implicação do ser humano ao espremer-se no dilúvio dos problemas, quem não tem nenhum levante a mão? É assim que rege a pergunta no escalar dos ritmos sérios da sociedade contemporânea e que amarga o maior caos de todos os tempos, o aprisionamento da emoção, na esquina da vida ou o fruto de uma nova geração que amargará o retrocesso do desgaste vivido pelos pais e que alguns poucos herdarão dos mesmos a infelicidade do estresse.

O corpo precisa de paz, a mente precisa de tranqüilidade, a vida necessidade de pausa na agitação da multidão ou no alicerce dos acontecimentos equivocados entre o poder e a esperança. Posso tudo se estou com o foco esticado na direção correta, mas posso nada se minha ganância for maior que meu próprio pensar, se eu sou bobo o suficiente para tentar sobreviver na sombra de falsos pensamentos sendo o pior sinal para alargar minha estupidez no véu da extremidade, onde de um lado vive o amor e no outro o contrário, que aqui nem vou dizer as letras para não perder meu tempo.

Muitos autores falam do autoconhecimento, muitas pessoas sabem o que é, mas não dão a mínima para entender o que tem dentro de si, ou melhor, não se conhecem o suficiente para saber que tem uma falha na emoção, para entender que no mundo de muitos bloqueios sempre existe um cantinho no desastre para mais um e assim vai. Se não me conheço, como vou saber quem sou eu? De onde vim e para onde vou com minhas atitudes evasivas e sem qualquer foco? A vida é difícil demais para sentir prazer de chegar à velhice, assim falam os depressivos, porém falo eu que se a velhice não fizesse parte da vida viveríamos para sempre nessa terra de muitos desastres.

O pior vexame do ser humano é achar que a fraqueza do seu corpo o deixou debilitado para esperar a morte chegar, sobretudo, eu não estou falando de força da estrutura humana e sim do lugar mais vital do equilíbrio emocional que é a mente, se dosar minhas emoções para ser refém do medo vou passar o resto da minha vida sendo um protagonista das tristezas mais profundas que uma pessoa pode alcançar, pois nada causa mais dor do que a prisão da emoção e com esse cárcere vai para baixo uma avalanche de sonhos sem valor algum, contudo o dono desse retrocesso da força amputou sua alma cortando o braço de sua emoção por pequenos detalhes que fizeram uma catástrofe na caminhado de sua vida sem esperança.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 23/12/2008
Reeditado em 23/12/2008
Código do texto: T1349226
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