O Evangelho de Tyler Durden
" É só depois de perder tudo é que estamos livres para sermos tudo o quanto quisermos.
Somos uma geração fraca de Homens sendo criados por mulheres. É preciso e é verdadeiro se apegar emocionalmente a outra pessoa que precisamos para sermos felizes? Não há outros métodos?
As coisas que vocês possuem acabam no final possuindo e controlando a vocês mesmos.
Eu sou o meu Libertador : libertei-me de todas as camisas-de-força com que esta sociedade patética antes me prendia.
Eu rejeito as assunções básicas da civilização, principalmente a importância que se dão aos bens materiais.
Nós não somos o emprego que trabalhamos, não somos o uniforme que vestimos, não somos o carro que dirigimos, nem o êxtase sexual efêmero que sentimos, não somos o dinheiro que temos na carteira, somos a merda e a porra do mundo que faz tudo pra chamar a atenção.
Não se apegar a nada e nem a ninguém é ser verdadeiramente livre.
As escolas e as universidades nos utilizam como macacos de Zoológico.
Todos os métodos de sedução utilizadas pelas propagandas da TV fazem vocês correrem e desejarem coisas banais que a sociedade afirma que são importantes pra vocês, tudo no intuito de ganharem mais dinheiro as custas de voces seus idiotas. O sistema capitalista nos educa e nos transforma em meros consumidores, pois para as grandes empresas corporativas é tudo o que somos.
Somos os filhos do meio da História da Humanidade, sem grandes propósitos, sem lugares. Nós não temos mais grandes guerras mundiais, nem grandes depressões. Nossa guerra é a guerra espiritual, e nossas depressões são o vácuo que transformamos nossas vidas.
Masturbação é auto-aperfeiçoamento, e o que amamos na outra pessoa é apenas a idéia que incutimos em nós mesmos de querer, de possuir, de ter uma outra pessoa , de amar um outro alguém. E tudo afinal de contas para que serve mesmo?
A camisinha é o sapato de cristal da nossa geração perdida e confusa. Você conhece um alguém numa festa, dança e depois trepa com ele a noite inteira, e depois joga fora a ambos, pois ambos são descartáveis, e o desejo sexual só busca autosatisfazer-se. Quem ama só pensa em si e em ser dono do ser possuído, fisicamente, sexualmente, emocionalmente, cotidianamente. Que fraqueza.
Devemos considerar o fato que Deus não nos ama, nunca nos amou, senão já teria usado sua onipotência divina há mais de dez mil anos de existência do homem para acabar com o sofrimentos e o caos neste mundo. Mas quer saber mais ainda: nós não precisamos de Deus, quer ele exista, quer não; dane-se a redenção, dane-se as maldições bíblicas a todos os que o desobedecerem. Nós temos a nós mesmos, e podemos construir e reformular tudo o quanto ousarmos querer.
Sem dor, sem sangue e suor derramados, sem aqueles que foram rotulados de loucos e esquisitos, mergulhados na solidão e em pensamentos, nós não teríamos nada, toda essa coisa que se chama de civilização atual é resultado dos poucos grandes gênios lunáticos que revolucionaram as gerações de suas épocas históricas. É por meio do caos, da desordem, da violência, das guerras, das doenças, das crises financeiras, dos males em geral, foi no solo inóspito da dor e das tribulações que a árvore denominada Homem inseriu suas raízes profundamente, e com sua força, coragem e inteligência cresceu diante de todos os vendavais e furacões que tentaram nos destruir. Sem Dor e sem sangue derramado nós não teríamos nada.
É somente quando a consciência com toda sua plenitude, realismo, lucidez e racionalidade de que um dia vamos de fato morrer pra sempre, e que não existe nada daquelas baboseiras supersticiosas e primitivas de alma ou espírito imortal; é só quando sentimos a infinita banalidade e futilidade que somos, é só quando temos consciência com todo o nosso ser que um dia cada um de nós vai morrer, e estaremos muito mais mortos do que possamos imaginar, é só a partir do despertar dessa consciência é que fialmente nos damos conta da preciosidade e beleza que é estar vivo, que é viver. Não permita que a vida te consuma e te use como um fantoche. É você quem tem que consumir de acordo com os seus objetivos a vida que há em ti, e ao redor de ti.
E depois, quando a vida não for mais tão bela, não for mais interessante, e os teus propósitos já estiverem todos realizados, descarte a vida, corte o fio que une você à ela, descarte a vida como se ela fosse mais uma mulher que já estamos cansados e fartos de tanto fudê-la e brincar.
Queime-se em suas próprias chamas sagradas, para que assim possas ressurgir mais forte e mais poderoso de tuas próprias cinzas, assim como a mitológica ave Fênix."