A vida é como um pote de manteiga...
"(...)Como não tinha mais nada para perguntar, resolveu fazer uma pergunta qualquer, apenas para não jogar fora 3 possibilidades de resposta.
- O quê é a vida? – Perguntou Estrela, ouvindo a campainha anunciar “SEGUNDA PERGUNTA!”.
- A vida... – Refletiu o rêverendo. – Bem, a vida é como um pote de manteiga!
- Mas... não compreendo...
- É simples! Me responda, qual o sentido de um pote de manteiga?
- Sentido... – Pensou Estrela. - Bom, creio que nenhum!
- Exatamente! E agora responda: Para quê serve um pote de manteiga? – Perguntou-lhe.
- Isso é fácil... pra fazer o pão ficar mais gostoso.
- Pois isso é como a vida! Sem sentido, mas com um propósito: vivê-la.
Estrela não entendeu muito bem, mas o rêverendo continuou:
- E você quer uma dica?
- Claro que quero.
- Ao comer um pão, não passe muita manteiga.
- Como assim?
“TERCEIRA PERGUNTA!”.
- Não podemos desperdiçar. Que nem a vida. Deve-se vivê-la, não há como escapar! Mas aos poucos... como um pedaço de pão com manteiga bem gostoso que a gente demora a comer para não chegar rápido demais ao final.
- E o que acontece quando acaba?
“QUARTA E ÚLTIMA PERGUNTA!”.
- É a sua última e eu vou respondê-la com outra pergunta. O quê você faz quando termina de comer um lanche bem gostoso?
- Eu repito.
- Pois é isso. Você já pode ir embora agora."
*Diálogo extraído do meu livro infanto-juvenil intitulado "Estrela cadente", onde a menina Estrela conversa com o Rêverendo (sim, tem um acento circunflexo no 1º "e") Carlos Ludovico - personagem cuja conversa com ele se baseia em apenas 4 perguntas.