Olhar com foco

O olhar tem que ter um foco, tem que ter um objetivo a flutuar para decantar uma visão solta ou atrelada ao caminho do coração, se és tu a face perdida desse desolado texto inclina a consciência a pensar e quarar as idéias pelo ultimo recear dos acontecimentos literários. Brotei de longe numa fonte de água limpa que tinha mão suja a botar os dedos na veia de água querendo poluir aquele pedaço da natureza racional.

Fiquei a olhar de longe, sem perceber que um rastro de água vinha ao meu encontro fiquei a esperar e resolvi sentir se era água pura. Pura é brincadeira, dialoguei com a própria natureza para alegar o que percebera, para ilustrar minha indignação por tamanha covardia ao acontecimento que presenciava a alguns momentos. Fiquei a pensar, estiquei minha forma questionadora de planejar e resolvi camuflar uma homenagem em forma de texto.

Se a natureza estava me dando um sinal, era esse meu tormento, era esse meu futuro (defender os direitos da emoção acreditada numa fonte sagrada). Firme deduzi, invadi meu ego confirmando a esticada do toque que a água me deu e cedeu meu encosto com os lábios sentido o liquido que a terra faz brotar e matar nossa sede fazendo uma esperança quase tardia em verdade absoluta desenhando o céu de forma clara e coerente em uma folha de papel.

Flores brotaram naquele terreno adubado de confiança, flores deram frutos com seus talos sem espinhos amaciando a beleza doce que trás os lírios do cheiro e a seiva sagrada na aveludada prospecção do nascer, forte chuva esperamos, forte mesmo é o amor que não morre. Uma vez garimpado e colocado em forma de jóia no coração, o garimpeiro, esse veloz mensageiro dos terrenos íngremes diz à solidão que o amor nunca morre.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 14/11/2008
Código do texto: T1282990
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