Caminhos encurtados

As músicas querem dizer muita coisa para meu carinho, significam demais para a minha lembrança socorrida e ilustrada pelo soar do entrelaço convencido pelo dilema da paixão, sobretudo a solidão é a pior enxaqueca que meu desgosto afiliou como sócio do dia-a-dia, então nessas horas só me retém a pensar e ouvir músicas que consagraram meu caminho a envolver a rigidez do meu sentimento. Fugi demais dos contornos que a vida acelera e assim posso dizer que não tenho aonde encostar minha cabeça cabulada de retrucamentos e diálogos assolados.

Para construir meu ideal deveria voltar atrás e rever o que poderei a resgatar no meu retrocesso e no inverno desconverso para poder atrair para meus dias momentos de felicidade, não estou deletando qualquer forma de vivencia que no meu caminho passou, estou aproximando minha mente, a saber, o que está havendo e o que poderá acontecer de agora em diante, necessito do abraço da luz, necessito do carinho que até aqui me conduz, não quero tapas de qualquer lado apenas corro atrás de um colo.

Auto-dialogar é o que mais faço ultimamente para ver se brota uma semente nessa terra que precisa ser ceifada e estrumada para a fertilidade, estou sem mananciais e dessa forma um terreno sem águas é pobre na hora que se faz qualquer plantação e depois de plantada alguma coisa se faz necessário um bom respingo de água para que a saúde da lavoura seja radiante nos dias de colheita.

A minha mente está cansada de agir sem ter apoio, acredito que a mão que me consola está com medo do futuro, está com medo de cair de cima do muro e não mais voltar a estrelar no caminho que fez o rastro brilhar. Não é assim que a vida desenvolve um pensamento, não é assim que o encontro dos astros faz seus sopros ao vento. Consigo enxergar sempre de longe o que o inalcançável pode ser facilmente alcançado e desfolhado como uma arvore a gemer no inicio do verão.