NÁUSEA
NÁUSEA
Que vontade de voltar ao tempo que nada me importava,
Que andava despreocupada pelos ventos.
Que vontade de nada ter, para nada perder.
Uma vontade louca de remar os anos e não amar ninguém, para não sofrer.
Que vontade de ser novamente uma colegial carregada de livros sem ter responsabilidades sobre outros, e sem saber que outros tinham sobre mim.
Que vontade de não ser ninguém, nem nada, pra não ocupar lugar neste mundo feroz, que traga-nos sem nem saber por quê.
Que vontade louca de não conhecer ninguém, de não ficar onde estou e também de não ir
Que vontade louca de ser éter, evaporar sem morrer.