DESPEDIDAS TRISTES
Mórbida vida que me alucina, que deixa marcas
de momentos ruins e trágicos que passei um dia.
O dia dos corpos extendidos naquele asfalto morno
num fim de tarde quase noite onde o choro e a
desolação atormentavam minha mente.
Aquela sepultura os nossos amigos coroas de flores
bilhetes deixados perdidos ao vento.
Um corpo que desce um cara que eu amo o mano se vai...
Meu irmão Paulinho.
O dia do susto do sono tranquilo, o telefone que toca,
o aviso nervoso os olhos molhados lacrimejados
o que pensar?
Me vejo a correr naquela avenida, os postes
e calçadas passam rapidamente e dentro da minha
mente o vejo caído um corpo sofrido e batalhador.
E na dor eu o vejo deitado ao chão os olhos abertos
do choque da hora, eu toco seu rosto, converso com ele
mais ele se foi.
Aquela sepultura os nossos amigos coroas e flores
bilhetes deixados perdidos ao vento.
Um corpo que desce um cara que eu amo
meu pai que se vai...