A voz

O que fazer diante da voz? O que dizer se o dizer já não falou tudo, mas, vou levar minha idéia até o final. A voz pode ser doce como o mel, porém, quando trafegou nos meus pensamentos só senti vontade, só senti a verdade, só lembrei do meu olhar, só murmurei o que sua imaginação transitou no meu coração e diante desse ressentimento sou fiel em dizer que o encontro está perto, sobretudo, se a distancia for um embaraço dos acontecimentos vou falar com a proximidade para que a mesma faça sua parte e conduza dois corações num só batimento.

O som que entrava no meu ser, me puxava na direção do retorno, só faltou um imã no meu sentido para desalojar qualquer duvida que suspirasse no segredo do pensamento, todavia, vou ser firme e consciente, vou ser forte e envolvente, pois, sonhar sem vencer é chorar sem derramar os líquidos da emoção e se nasci para ser filho do vento, só posso parar quando o pulmão do mundo não balançar seus órgãos da sensibilidade.

Se a vontade fosse só sua, seria simples demais, seria rápido demais, seria artificial demais, muito embora não houvesse tempo de escrever o que a chuva apagou, mas, curvei minha entranha para seu acentuado nervosismo e se a pressão da vontade alterar a disciplina da razão é por que estamos além do coração, estamos na linha do melhor e melhor é o que ainda estar por vir.

Pensar dessa forma é um abraço da felicidade que meu fiel entendimento me desdobra soletrando os dias sem pensar nos minutos, se a dimensão maior pode me dar espaço de entrar no caminho sem labirinto, não devo demorar demais, pois, o tempo fica frio e meu cachecol pode até esquentar com eficiência, portanto, o estado natural me receita ser natural sem nadar em águas profundas para não correr riscos e o esparramar dos braços vai ser de acordo com o curso desse metros cúbicos de emoções.