Agri Doce
A boca junta ao coração,
Inicia a luta pela pedra.
Desfaz-se a sílaba perfeita,
Num sabor agridoce.
O acaso permanece na rua,
Apaga a luz do Ocidente.
Vertigens de água,
Assolam a terra.
A poeira resiste,
Enamora-se da nudez do dia.
O voo das águias,
Torna-se um ritual perfeito.
Ninhos constroem-se,
Sem mão-de-obra.
Lentamente o escuro vai,
O acaso volta a ficar.