Quero esquecer.
Não quero esquecer
a cor da natureza
do sino que toca,
da sua beleza.
Não quero esquecer
as ondas do mar
o balanço da palmeira,
a doçura de amar.
Não quero esquecer
a flor que brotou
do rio que corre
do som que tocou.
Eu quero esquecer
de toda pobreza
espécies extintas
injustas riquezas.
Eu quero esquecer
que vi homens se matar
da criança que não come
da poluição do ar.
Eu quero esquecer
da água que secou
de toda fumaça
violência que aumentou.