Modernidade...

É, mundo moderno... Já nasci no tempo em que a televisão se liga com um controle remoto, os programas já podiam ser gravados em fita VHS se tivesse um vídeo, nasci no ano em que um muro de verdade deixou de dividir o que não passava de idealismo político, enfim, sou do tempo em que Plutão ainda era planeta.

O mundo de hoje, proporciona ao homem tudo o que sempre ele precisou, água, oxigênio, vegetais, animais, nada mudou no mundo de fato, mas o homem modificou o seu meio, criou tecnologias que ampliam em grande escala as possibilidades da nossa espécie.

Existem casas que ainda usam lampião, mas outras que acendem as luzes quando o dono da casa possui um computador de bolso conectado via satélite ao sistema dela, proporcionando maior comodidade para quem chega cansado do trabalho e não tem energia nem para ligar um interruptor.

Os carros de antigamente, ou eram movidos a gasolina, ou a álcool, e até mesmo a diesel, hoje se movem independente do combustível que se coloca no tanque, alguns até usam gás, e outros mais futuristas, não andam só em terra, mas viram pequenas lanchas e até mesmo submarinos.

Temos o mundo em nossas mãos, aliás, com um clique estamos no Japão, com dois abrimos até arquivos, que antes ocupavam espaço físico nos escritórios da vida.

Hoje passeando por um supermercado, cujo nome gritava os garotos vendedores de jornais da década de 20, quando surgia uma manchete “Extra-ordinária”, na sessão de carnes, vi uma pilha de sacos de carvão e ao lado uma pilha de sacos cheios de algo que de início pensei que fosse mandioca, mas quando li o cartaz, estava escrito: “lenha para lareira”. Não sabia se ria ou ficava indignado.

Quem diria que um dia, até lenha compraríamos no mercado! Ainda mais num país que sempre foi considerado de clima tropical como o nosso!

Toda a criação humana surgiu com o objetivo de progresso, aumentar a produção em fabricas, dar conforto ao homem, trocando em miúdos, a tecnologia existe para o homem “ganhar mais tempo”. Só não compreendo o motivo que leva tantas pessoas do mundo moderno reclamar que “falta tempo”, tempo para sair, se divertir, estar com amigos, com a família, brincar com o cachorro, limpar a sujeira que ele fez na rua, ir acampar, fazer fogueira com lenha recém colhida na floresta.

Será que realmente o tempo existe? Ou a vida existe em cada momento, em cada segundo e nós não sabemos aproveitar?

Ricardo Takaki
Enviado por Ricardo Takaki em 27/05/2008
Reeditado em 27/05/2008
Código do texto: T1007836
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