A Trágica Cultura do Absurdo!
"A simplicidade (fundida à humildade) é o último degrau da sabedoria". Khalil Gibran
"Eu nunca cometo pequenos erros,
sendo que Eu posso causar terremotos... - Raul Seixas
Enquanto a inspiração poética não me vêm, coloco os pés n'água fria, sinto a energia circulando pelo corpo, jogo pedrinhas na água, contemplo o desfazer dos pequenos círculos ondulatórios que se formam; e completo a desprezível inutilidade de cada reflexão, escrevendo provérbios filosofais:
Quando o bezerro berra, desesperadamente, um dos motivos é o sumiço e a perda da mamadeira dada pela sua mãe, dona Vaca; o outro possível, é por sentir o cheiro de carnes no braseiro e temeroso, saber que poderá seguir o mesmo destino de seu pai, que por imposição de seu dono, foi enviado para um passeio temporário no matadouro e sabe-se lá o motivo, nunca mais voltou para alegrar e ensinar seu filho as boas maneiras de portar-se, de ser humilde diante dos quadrúpedes de chifres afiados e brutos.
Explor(a)ção Capitalista
Em contrapartida, o explorador explora, come, explora, mas não quer ser comido pela Covid e explorado por outro glutão ganancioso faminto.
A honestidade, justiça e retidão formam um vírus que não se propaga, e ainda que as famílias unam-se presencialmente, abracem e digam que amam-se, não impregna no corpo humano; pois em tempo, além do conjunto virótico ser, individualmente particularizado, é próprio das atitudes cotidianas praticadas em conjunto pela tríade: consciência, livre arbítrio e racionalidade.
Não obstante, em tempo de prevalescença da padronização e personalização social imposta pelo inconsciente coletivo, ser honesto, justo e reto, exige grande esforço da mente solitária para desvencilhar-se da multidão alienada.
Mesquinhez
Ao passear pelo Jardim Botânico, farto desjejum, automóvel Jaguar no estacionamento, óculos escuros na cara, Iphone na mão, máscara na boca, sapatos lustrados nos pés, gravata pendulando no peito, soprando a brisa, selfies nos canteiros de flores, ouvidos entorpecidos pelos pios dos pássaros, o estômago começou a revirar; fazendo-me disparar para o Solarium Alívio. Terminado o serviço e livre do desconforto repentino, notei que trouxera o quase...; embora me faltasse tudo. Me virei com pude...
Como aprendizado, nem todo anel de ouro cobiçado pelos olhos e coração, é necessário, útil e essencial aos dedos com unhas postiças esmaltadas.
Acabou de chegar, estou sendo assaltado pela inspiração poética:
Nada fazem pela paz,
Importunam-se com a guerra.
Nada fazem pelo silêncio,
Bufam quando explodem caixas de banco, cidades, tocam os bumbos furiosos ensurdecedores nos morros.
Nada fazem pela pobreza e miséria,
Criticam os que investem dinheiro e riqueza no sistema capitalista.
Nada fazem pelo uso racional da máquina,
Deleitam-se em usar as inovações tecnológicas que o consumismo lhes impõe.
Nada fazem pela amizade honesta e sincera,
Preocupam-se com os inimigos e malfeitores linguarudos.
Nada fazem pela sustentabilidade da Natureza,
Desesperam-se com os garis se não recolhem as rumas de lixos nos cantos, resultado do consumo desregrado; bem como dos incêndios promovidos pelos desmatamentos e bitucas de cigarros, criminosas.
Não trabalham e operam pela grandeza e evolução coletiva,
Reclamam e querem que tudo aconteça para prover-lhes às necessidades diárias.
Quando acontece,
É por que serraram o galho do lado que estavam sentados.
Destarte, está escrito em toda Profecia,
Que a caixa de pandora explodiria,
E a ignorância petulante e a falta de inteligência intuitiva obscureceria as semanas,
Os meses,
Os anos,
Um dia!
Paulatinamente, os Matutos Curdos alertam os ouvidos surdos:
"Água mole,
Pedra dura,
Tanto bate,
Até que fura!"
Chegado o dia:
O sol se fortalece,
As nascentes secam,
As temperaturas sobem,
As flores falecem,
As geleiras derretem,
Os fatos passados vêm à tona,
A História prova e comprova-os,
A ciência mostra-se impotente,
Os palácios desmoronam,
Os Reis caem dos tronos,
Os vírus dominam,
Os Governos desatam os nós da incompetência,
Em caráter emergencial, os religiosos oram ao Criador de todas as coisas,
Os Santos esquecem as datas,
Os milagres assistenciais minguam,
Os velhos e parte da Massa Bruta perecem,
Cumprem-se as Profecias.
Homens, aves, animais, flores e pássaros,
De 100 mil, passará;
300 mil, não passarão.
Dependendo como são e agem os integrantes,
Inteirar-se em sociedade,
É bem 10 necessário.
Força nos cabos das pás e das picaretas, Coveiros;
Pois sobrou para V. Exas a varredura feita pela vassoura de piaçava, marca Corona, modelo Covid-19!
Ao escrever poesias filosóficas,
Alço voo da Terra ao Infinito,
E estando lá,
Com a mente esparramando pensamentos na transcendência do Nirvana,
Descanso as asas de minha pena,
Sem pena!
P.S.: Humanista é quem tem mãos, razão, coração, olhos, ombro, emoção e espírito humano; pondo-os a serviço de seu semelhante, no momento oportuno!