"ORAÇÃO EM SONETO BÁRBARO"
Eu me confesso, Pai, algumas horas temeroso
Sinto-me, até, por vezes, pela angústia tida
Grande pavor por quando eu me vejo em vida
Quase morto de medo ao perceber desgostoso.
O difícil desta fase chamada de ‘passarela’
É, mesmo sem ter objetivo, fazer-se despercebido:
Ora se é herói honrado, ora se foge qual bandido;
Ora se deliciam as glórias, ora apenas se cumpre tabela.
Urge, Pai, confesso, ainda que seja tardiamente,
Que, embora se veja uma nova crucificação,
O Teu Filho abençoado se nos faça outra vez presente.
Pelo menos, Pai, acredito, surgirão mais doze santos,
Que espalhados ao mundo o tornará mais Cristão
E nos fará menos culpados das coisas sem encanto.
(ARO. 1988)
Eu me confesso, Pai, algumas horas temeroso
Sinto-me, até, por vezes, pela angústia tida
Grande pavor por quando eu me vejo em vida
Quase morto de medo ao perceber desgostoso.
O difícil desta fase chamada de ‘passarela’
É, mesmo sem ter objetivo, fazer-se despercebido:
Ora se é herói honrado, ora se foge qual bandido;
Ora se deliciam as glórias, ora apenas se cumpre tabela.
Urge, Pai, confesso, ainda que seja tardiamente,
Que, embora se veja uma nova crucificação,
O Teu Filho abençoado se nos faça outra vez presente.
Pelo menos, Pai, acredito, surgirão mais doze santos,
Que espalhados ao mundo o tornará mais Cristão
E nos fará menos culpados das coisas sem encanto.
(ARO. 1988)