29 — Segure a minha mão
Entrei naquele quarto e vi minha filha estava com soro, e parecia ótima, meia branca, com algumas olheiras mas não parecia que estava com um câncer, a psicologa disse: -Lara, sua mãe esta aqui, ela abriu os olhos e falou com a voz enfraquecida, efeito do remédio. Filha você esta doente, seu filho esta bem, mas precisará passar por um tratamento. Oque eu tenho mãe? Dizia agora a psicologa. Seu exame alterou-se terá que tratar-se no hospital. Lara olhava para a psicologa. Eu sei que esse local que estou não é um lugar bom de se estar. A psicologa olhou para ela e disse:-Qualquer lugar não é bom de estar Lara, somos profissionais e cuidamos de restabelecer saúde. Nós queremos ver vocês são e salvo, mas a vida as vezes prega peças na gente, você esta com Leucemia, foi diagnosticado bem adiantado isto é bom, e dê graças a Deus de estar numa cidade onde seu tratamento existe especialistas. Lara olhava ela pegou a mão da mãe e disse: -Leucemia, fechando os olhos, a mãe da Lara estava tentando ser forte transmitir segurança. E disse: -Calma a mamãe tá aqui tudo vai dar certo...
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Lorena como será daqui pra frente... Perguntava André para a sua amada. -Não sei, minha melhor amiga enfrentando essa barra. Ele se aproximou, ela chorava, ele queria acalentar aquela menina. Ela carente precisando de um ombro amigo. Ele abraça ela. Ela sem forças para reagir aceita o abraço, e diz: -Ela é uma irmã para mim, André, Ele olha para os olhos dela e diz: -Eu te amo com todas as forças do meu ser. Você é a minha vida, quero cuidar de você, Deixa eu ajudar você enfrentar essa barra. Ela olha ele, e se entrega ao beijo. Este beijo num local todo sofrível que é um corredor de hospital. Tomás chega com dois copos de café, ao observar o que estava ocorrendo, da uma discreta risada e saí, Eles continuam abraçados. Somente me abrace, dizia Lorena, eu estou precisando disto. Muitas coisas passavam na cabeça da Lorena, mas ela não aguentava mais ficar longe do André. Ela olhou para ele e disse assim: -Promete pra mim que nunca mais irá mentir, e esconder nada de mim. Ele olhou abraçando-a com carinho lhe dizendo. Prometo amar você por toda a vida, e não quero de maneira nenhuma ferir seus sentimentos. Tomás sai e se encontra com a Dona Neide, e pergunta:
-Quer um café, ela meio desconfiada, e entristecida, aceita, dizendo: -Estou precisando, mesmo. Vocês dois se acertaram? A minha filha espera um filho teu o ideal é que vocês se acertem. Tomás tinha dúvidas, agora estava esclarecido pela boca da mãe da Lara que realmente era pai do filho da Lara.
Como foi contar a ela, perguntava cabisbaixo o rapaz.
Não foi nada fácil, nem sei se ela entendeu direito, estava um pouco sedada. -E a criança? O Davizinho você quer dizer... Ele não sabia que este seria o nome da criança que a Lara esperava, fingiu saber mas para ele foi uma surpresa era o nome do seu já falecido avô.
Esta bem. Precisaremos tomar uma importante decisão, ela eu e você. Mais é ela, nós dois iremos somente aconselhar-la.
Dona Neide contou toda a conversa que teve com o médico, e sobre o tratamento, disse que já estavam a busca do transplante de medula osseo, o mais recomendável no caso de uma leucemia aguda como acometia Lara. Dona Neide tremia, num impulso, Tomás abraçou ela e disse:
-Aceitei a Jesus como o meu salvador, quero corrigir meus erros do passado, e quero assumir essa criança, falava quase chorando, e se a Lara assim desejar quero constituir uma família com ela.
Dona Neide, por um instante de falta de fé, fala chorando para o rapaz que todo humilde faz a singela declaração. -Você já pensou que pode ser tarde demais, a minha Larinha, minha criança esta nesta sala ao lado, com uma doença que é terminal e avassaladora, o médico me passou uma informação. Tomás, que fez meu chão sair, eu nem sei como contar a ela.
-Conte-me Dona Neide, se eu puder ajudar, a Lara esta um pouco magoada comigo, mas o caso é de doença precisamos unir nossas forças.
-Não posso nem contar, vou deixar para falar com ela e o Doutor, você acompanha-nos.
Tomás terminava de tomar o café, e disse assim: -Posso ter uma conversa a sós com ela.
Neste instante chegou o Doutor, que disse: -Vamos? Precisamos começar o tratamento o mais depressa possível.
Tomas ignorando a presença do Doutor fala outra vez a Dona Neide. -Posso ter uma conversa a sós com ela? Dona Neide olha para o Doutor e diz: -Este é o Tomás o pai da criança que minha filha espera ele pode ter uma conversa a sós com a Lara?
O Doutor disse: -Quinze minutos e eu volto para ter a conversa que definirá a vida da sua filha daqui pra frente: -Quinze minutos meu rapaz, não são quatorze nem dezesseis, o hospital necessita dos meus serviços em N locais, por favor seja breve.
Entrei naquele quarto Lara estava com os olhos fechados, segurei as mãos dela, ela disse: -Mãe, meio inebriada pelo sedativo que tomara. Não sou eu Tomás. Ela abriu os olhos, verificou que era mesmo ele e disse: -Veio me ver? -Sim vim te ver, e pedir desculpas... Ela ficou calada e disse assim: -Quer pegar no nosso filho? Vamos chama-lo de Davi, pegou as mãos do Tomás guiando-lhe até o seu ventre. Ele chorou uma lagrima que Lara observou e disse: -Porque?
Ele ficou em silêncio tentando decifrar o significado da palavra Porquê.
Ela quebrou o gelo e disse: -Quando coloco as mãos parece que sinto o coração dele. Tomás ficou em silêncio. e voltou a dizer:-Perdão, fiz você sofrer, e você em todo o tempo estava carregando um filho meu. Lara olhou para ele, desviou o olhar e disse: -E aquela loira, tentando manter um tom de calma na conversa. Tomás disse: -Terminamos, agora vivo aqui com o André, E começou a contar as peripécias dele na oficina. Ela escutou e disse: -Você esta mudado, parece que andou sofrendo, só seus olhos que continuam os mesmos. Tomás escutava e disse: -A vida me ensinou tantas coisas, parece que cresci nestes tempos anos, amadureci bastante. Lara disse assim: -É vai precisar ser bem maduro para cuidar do Davizinho, minha doença pode me matar e eu queria que você cuidasse dele.
-Não fale isto nem de brincadeira Lara, vamos cuidar juntos. Lara escutou e sorriu. E disse: -Eu te perdoo, eu agi errado também, sabia que era errado deitar-se contigo, era uma filha de pastor, precisava me dar ao respeito, Tomás pegou bem forte na mão da Lara, dando lhe um beijo.
Errei muito contigo, mas quero acertar e ajudar você passar por essa Lara, essa doença não é pra morte não é pra vitória. Lara olhou e sorriu dizendo: -Parece, que tudo me leva a ter esse filho e deixar para vocês, estou muito fraca, e cansada...
Veio uma enfermeira e disse. -Seus quinze minutos passaram, ela precisa de descansar um pouco o doutor te aguarda.
Lara deitou ajeitando o travesseiro, a moça fez algumas adequações no soro e disse: -Descanse menina descanse. Tomás saiu fechando a porta do outro lado no corredor o doutor como prometera estava do outro lado olhou o relógio e disse dezesseis... referencia a um minuto de atraso.
-Sinto doutor, cada minuto do outro lado foram preciosos para mim, Dona Neide segurava os braços em sinal de defesa, sentia que o que escutaria não seria agradável.
-Preciso conversar com vocês dois em particular e depois com a Lara, mas é necessário vocês estarem cientes das possibilidades de tratamento e uma envolve o que infelizmente terei de repassar a vocês.