UMA LOURA À JANELA - 28

CAPÍTULO TREZE

SALVA!

Durante todo o trajeto até Boley Street, James Todd lutou com um novo problema: quem diabos seria Saunders? Esse era o nome que Verna Vale quase havia pronunciado naquela manhã, quando ele pensara que a atriz tinha começado a dizer Sanders.

James passou, então, em revista os nomes de todas as pessoas que tinha encontrado e estavam relacionadas com o caso. Nenhuma delas se chamava Saunders. Ou seria Saunders um nome falso... Um nome que algum daqueles implicados havia usado em qualquer período de sua vida?

O detetive conhecia a Boley Street e não teve muita dificuldade para encontrar a casinha parecida com um ferro de passar. Ela ficava próxima de um triângulo formado pela intersecção de três ruas e era um sobrado de dois andares. Não havia nenhum carro parado em frente à casa, nem sinal de que estava ocupada. Entretanto, James pôde ver marcas de pneus dirigindo-se para a entrada da garagem.

James parou seu carro poucos metros adiante. Desceu do veículo e dirigiu-se resoluto para a porta da frente da casa.

A porta estava trancada. Mas uma rápida inspeção indicou que tinha o tipo de fechadura que qualquer gazua abriria facilmente.

– Mary! – Chamou James, assim que abriu a porta e entrou no vestíbulo.

Por um segundo, não houve resposta alguma. Então, pancadas surdas ecoaram acima da cabeça do detetive.

Naturalmente, a jovem loura devia estar amarrada e amordaçada no segundo andar da casa.

James subiu a escada rústica e estreita e abriu a primeira porta que encontrou no corredor.

O quarto estava vazio.

A próxima porta que o detetive encontrou estava trancada. No entanto, a chave encontrava-se na fechadura.

James girou a chave, empurrou a porta e entrou.

Mary Brown estava fortemente amarrada, com corda, a uma cama. Um pedaço de esparadrapo cobria-lhe a boca, e seus olhos estavam esbugalhados.

James tirou-lhe o esparadrapo e cortou, com o canivete a corda. Mas logo verificou que esta era mesclada de fios de arame. Quem tinha amarrado a moça não queria que ela fugisse. Mary não se teria desamarrado sozinha nem em cem anos.

– Quem lhe fez isso? – Indagou James – Como veio parar aqui?

Os lábios de Mary Brown tremiam. A jovem tentava heroicamente falar. Por fim, conseguiu balbuciar:

– Água...

– Pobre pequena! – Exclamou James. – Onde poderei conseguir água...?

– Co... zinha... – Gaguejou Mary.

Julgando ouvir passos no vestíbulo, quando enchia um copo d’água, James tentou surpreender a pessoa. No entanto, não encontrou ninguém, apesar de ter a impressão de que estava sendo observado por alguém escondido.

continua na próxima sexta-feira

R F Lucchetti
Enviado por R F Lucchetti em 27/05/2016
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