A sacada , capítulo 1

Capitulo 1

Em tempos medievais , na época das grandes navegações. Na ilha de Isislandia , havia um reino.

Um lugar muito bonito. Ao norte uma grande praia com areia branquinha e mar limpo azul, onde pescadores trabalhavam e navios atracavam num grande porto. Ao leste havia um grande castelo , onde vivia a família real. Ao Sul, uma grande floresta , cheia de fauna e flora , sem contar as enormes montanhas. Ao centro e ao oeste uma grande vila , uma igreja , comércio e várias casinhas .

O povo de Isislandia , agora pacífica , convivia bem e gostavam de seu rei .

Em tempos remotos , o reino sofrera um atentado da ilha vizinha , Alcantries, o exército falhou graças a uma estratégia mal feita do general Jovias Loirie. O rei Augusto salvou a todos matando mais de 100 homens do exército oposto . Desde então sua família é glorificada.

Rei Augusto morreu , deixando o trono para seu único filho homem , agora rei, Henrique .

Henrique II , como era chamado, era bondoso e vivia à custa da gloria que herdara do pai. Era casado com Demetria , a gentil rainha. Juntos possuíam três filhos. O mais velho, Ricardo , era do clero , vivia no mosteiro. O filho do meio , Pedro , era um cavaleiro exemplar e herdaria o trono de seu pai. A filha mais nova , Henriette, era uma jovem culta e estudiosa.

Na vila , perto do comércio , havia uma grande casa de um mercador deveras rico.

Lá vivia o tal mercador , suas três filhas e seus três netos. A filha mais velha , Carmem, era alta, seu cabelo era castanho , tinha uma expressão cansada , e os olhos verdes, era viúva e tinha dois filhos , Marta e Marcos. A filha do meio , Angela , de anjo não tinha nada, era baixinha e brava , cabelo loiro em cachos , olhos castanhos , sardas , tinha marido , que era marinheiro e seu bebê recém-nascido , Thadeu. A filha mais nova , a doce Amélia, era magra, tinha cabelo ruivo cacheado que vivia solto balançando com vento, seus olhos eram verdes e tinha pequenas sardas, seus lábios eram rosados.

Em um jantar comum , o mercador chamou Amélia para conversar.

- Filha, preciso lhe contar que encontrei um noivo para você , creio que vá agradá-lá. Vamos ao jantar de noivado amanhã.

- Mas pai , não desejo me casar , sem ao menos conhecer meu pretendente. Desejo casar-me por amor e não por um contrato.

- Minha doce Amélia , estou envelhecendo , preciso te encaminhar. Suas irmãs já estão bem arranjadas, mas você ...

- Que bobagem pai , o senhor viverá bastante ...Posso saber quem é esse tal pretendente?

- Claro minha querida, seu noivo é o príncipe Pedro , o herdeiro do trono , serás rainha meu anjo!

- Que adianta ser rainha e não ter amor .

Muito entristecida, Amélia ,foi até seu quarto , precisa ficar só . Lá existia uma sacada que dava para o belo jardim do vizinho , uma casa humilde mas bem ajeitada .

Amélia pensava . Ela possuiria uma vida de luxo e caprichos caso casasse com o príncipe , mas algo dentro dela falava que não teria uma vida feliz ...

Ainda muito triste , Amélia sentou-se ao beiral da sacada e começou a pentear seus longos cabelos ruivos.

O jardim do vizinho estava escuro , meras sombras apareciam em pequenos pontos iluminados . Eis que então uma fogueira foi acesa no meio do jardim e dois corpos apareceram . O primeiro era um jovem alto , forte , cabelos acastanhados , Amélia não conseguia enxergar a cor de seus olhos , mas só o que era permitido ver já lhe encantava . O segundo corpo era uma menininha , loira , com um vestido amarelo que pulava e dançava em torno da fogueira , com este Amélia lembrou-se de sua infância , as brincadeiras , as danças , escorreu-lhe uma lágrima de saudade.

Já era tarde , Amélia desceu do beiral de sua janela e foi dormir .

* Até o próximo capítulo

Natália Faraldo
Enviado por Natália Faraldo em 02/05/2015
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