SALOMÃO, AMOR E JUSTIÇA
Estava lendo noite dessas a história de Salomão para minha filha e ocorreu-me uma reflexão sobre a situação das duas mulheres que lutavam pela criança sobrevivente.
Muitas vezes as pessoas que aparentemente querem a mera justiça equitativa, distributiva ou que querem fazer justiça a qualquer preço não estão do lado da verdade. Criança é um ser que precisa de afeto, por mais óbvio que seja, um ser que não se divide. Pode ser até um ser que se compartilhe, mas nunca que se divide.
O espírito egoísta busca a satisfação de si mesmo, é a mera picardia que não tem nenhuma relação com o objeto pretendido. Quantas vezes, no trabalho, em casa, as pessoas clamam por solução de seus problemas, imbuídas de suposto desejo de justiça ou equidade, mas com o intuito verdadeiro de satisfazer apenas seu ego.
Salomão, demonstrando sabedoria divina, coloca a luz sobre os fatos demonstrando inequivocadamente quem é a verdadeira mãe da criança. Aquele que ama verdadeiramente é capaz de abrir mão da posse daquele ser tão amado, para preservar-lhe a vida.
Nisso consiste o verdadeiro amor. Esse desprendimento é demonstrado em várias situações na bíblia – o próprio Deus o fez oferecendo seu único filho para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.