O desejo adúltero

Abri a porta e te vi, sentado em sua cadeira, folheando papéis em tua mesa, fomos laçados. Um olhar, uma prisão, uma eternidade, ligação. Logo passou a ser frequente nossos encontros aqui em teu escritório, só nós, não havia, ainda, desejo, apenas afeto. Logo nós passamos a sentir, um pelo outro, um algo a mais, não éramos apenas amigos, agora, nos tornamos amantes.

As conversas já não eram como antes, mudou o tom de sua voz, o teu olhar, os teus gestos, se aproxima mais. Um toque, um abraço, um beijo. Não mais em teu escritório, mas em locais marcados, em teu colo te beijando, te amando.

E despirmo-nos, vestindo o nosso amor, apenas. A intensidade de nosso afeto se fez crescer em nós, chama que não se apaga, fogo que queima de prazer. Já tens quem te aguarda, mas você não pode esperar, eis aqui na tua frente a pessoa que te faz feliz.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 24/07/2020
Código do texto: T7015724
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