Estilo bem Brasileiro
Hoje pela manhã, apreciando o nascer do sol e ouvindo do mar, aquilo que ninguém entendi, encontrei um bando de Maritacas folgazonas, bronzeadas de verde, trajando fio dental, óculos escuros, fones de ouvido e chinelos havaianas.
Enquanto estendiam as redes na areia, faziam tremenda algazarra. Pelo pouco que entendo da linguagem dessa espécie, estavam alegres e festivas com o inverno de 30 graus; temperatura propícia para água de coco, sombra e água fresca, degustação de mariscos, chopp no happy hour, papo descontraído com os amigos prediletos; os quais destacam-se os papagaios.
Tentei me aproximar, mas proferindo palavras de ordem, tipo: "abaixo o trabalho; sai pra lá senhor apoiador da Reforma da Previdência" e coisas mais, fui rapidamente repelido por elas.
Caminhei uns 10 passos e ouvi: "país que tem 6 mil km de praias, falar em trabalho é politicamente incorreto, pecado mortal, crime contra a Boa Vida".
E após darem um voo rasante de bicos abertos em minha direção, felicitaram o meu declínio com um solene tim-tim dos copos.
MDC: Chegando ao Consenso
- o homem foi à lua.
- e o que eu tenho a ver com isso?
- o SPFC comprou o Daniel Alves.
- e você compou a mãe de quem?
- domingo é Dia dos Pais.
- todo dia, é dia dos escravos.
- fiz um poeminha pro meu.
- recita logo, essa porcaria.
- meu papai,
É mais que um pai,
É um super pai,
É um pai com aço.
Fim.
- Como, fim? Poema tem que rimar.
- é o primeiro que faço.
- termino para você:
... é um pai com aço;
É um paiaço.
- paiaço é o seu, FdP.
- não, o meu é escravo.
- paremos de rusga. Se o meu é paiaço, o seu é escravo!
- tá bom. Mas saiba que às vezes eles revezam: o seu é escravo e o meu é paiaço.
- ok. E definitivamente, paremos de briga! Olha a bola que papai comprou para mim. Vamos jogar.
- não. Meu papai vai me ensinar andar de bicicleta.
- seu papai hoje é escravo, ou paiaço?
- cê não vai começar de novo, ou vai? A lua é logo ali.