Fim da Estrada

O olho da morte piscou em sua direção, e tudo que ele pode fazer, foi abraçá-lo.

Inconsciente, sentiu seu corpo viajar por milhas e milhas de tempo, lembranças e vidas. Acordou de repente, confuso e com a cabeça zunindo. Olhou em volta e tudo o que se estendia à sua frente, era o vazio infinito. Semicerrando os olhos, ele procurou em todas as direções. Buscava algo tangível, mas nada encontrou.

Ao longe, uma silhueta veio se formando, e cada vez mais próxima, revelou-se um homem. O homem, velho com seus aparentes noventa anos, um casaco surrado e uma calça um pouco acima de seu tamanho, lhe estendeu a mão. Ele se agarrou nela, com suas mãozinhas minúsculas, e juntos caminharam até perder de vista, como um avô e seu netinho.

Christopher J. havia falecido naquele dia. Um carro se chocou contra o carro de seus pais, enquanto todos iam para o enterro de seu avô. Christopher morreu segurando uma foto do avô. E agora os dois, juntos, caminhavam até a eternidade.