Cartas de uma amante

Sabia que não ele não podia responder, mas insistia. Após o acidente, o amante parara de visitá-la, pois teve de passar uns dias em casa para descansar. Passou, então, a escrever bilhetes e mandar via algum garoto à toa de rua em troca de alguns trocados, sendo bem clara ao dizer que só entregassem ao "homem alto e com um sinal no pescoço". O perigo era parar em mãos de quem não devia; mas era o perigo que potencializava o seu ser. Uma instigação a mais. Só não ousava aparecer pessoalmente lá, era isso e - talvez - perderia para sempre aquelas sensações...

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 23/04/2021
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