ESQUECIDO
Uma noite que tinha apenas os sons dos sapos, grilos e da água escorrendo. As nuvens começavam a se dissipar e a Lua insinuava aparecer. Respiração pesada, buscando o ar que lhe tomaram.
Surge ela, resplandecente no céu agora limpo. Uma cortina enfeitada de cristais e um grande diamante. A respiração começava a tomar ritmo lento. Escorreu toda a água caída do céu, sobraram apenas os sapos e grilos.
O tempo passou num instante. Quando percebeu, a Lua já estava a despedir-se, a cortina estava se abrindo. Não havia mais respiração, não havia mais sapos nem grilos. Mas havia um som, semelhante ao da água no córrego. A fonte deste vinha daquele corpo esquecido na rua.