Cadeira de balanço
Mais uma vez na mesma cadeira de balanço, os mesmos balanços de sempre. Sempre o mesmo. As tardes são assim, não mudam. Devaneios, divagações, preocupações. Sempre os mesmos problemas. Sempre a mesma ação: nenhuma. Apenas se balança. Cada balanço, um suspiro. Se contenta com o que está escrito. Mas a preocupação está na parte ainda em branco. Não há ideia, não há rumo, não há ação. A inércia diária reina absoluta. Cada vez mais empecilhos surgem para dar razão a ela. A cadeira balança, mas não sai do lugar. Tal qual.