Um olhar

Escorre sangue em suas mãos, um olhar e uma condenação. A espada apontada, o reflexo prateado da mesma...

Não tinha semblante algum, ignorava os pedidos por clemência que vinham de fora. Era implacável. Por um momento achou que despertara dele um pingo de piedade, no instante que hesitou.

- É a primeira vez...

Não entendeu.

- O quê?

Guardou a espada e saiu. Se acostumou em pessoas acuadas, de olhos fechados, gritando...

Nunca fora fitado tão fixamente como dessa vez.

Sorriu.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 05/02/2021
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