Consciente morto
Suor escorria, suor frio. Eu, talvez, morreria ali, já tinha aceitado isso. Respirar não dava, me faltava o ar, não tinha fôlego e nem voz para alguém eu chamar. Estava perdido, estava invisível, estava morto em vida.
Contra a minha própria vontade o meu corpo prosseguia, eu insistia em ficar, não queria ir, meu desejo era permanecer e, então, morrer. Era o certo, era o mais fácil, porém, ele ia cada vez mais a frente.
Tentava buscar um pouquinho de ar, insucedido, era mesmo melhor eu ter ficado lá e morrido, mas meu maldito corpo não permitiu. Maldito, maldito, maldito. Deixasse-me lá para morrer, preferiu carregar-me até onde já nem sei onde é.
O consciente reclama, o ser não aguenta. Quem responde por mim? De repente, eu morri...