Raiz divina
Quando viu que seu palácio não resistiria ao grande ataque dos inimigos, Theodésio lançou Charomorfí para bem longe, a fim de poupá-lo da morte. O reino veio a baixo, era o fim de uma era, de um deus, de um ciclo; tudo que era de Theodésio fora destruído, apenas seu companheiro sobreviveu, este os soldados de Ecretos - o irmão do grandioso deus, que matara-o para tomar seu lugar - não perceberam a falta, nem sequer tinham a informação da existência dele.
Em um lugar distante, onde Charomorfí caiu, nada se ouvia, nada se via, lá nada acontecia. Era um torrão alvo, tudo plano, sentia apenas o vento forte contra si. Levantou-se com um pouco de dificuldade, também era ruim de enxergar algo, um gigantesco ponto brilhante e muito forte incomodava sua visão, parecia até mesmo o Sol perto de si.
Enquanto Ecretos comemorava a vitória, com a cabeça do irmão nas mãos, germinava em Charomorfí a raiz divina que fora deixava para ele, Theodésio dera para ele a imortalidade, e agora tinha a obrigação de vingar a morte do companheiro e restabelecer o seu reinado.