A maldição de Greta Thunberg

A MALDIÇÃO DE GRETA THUNBERG
Miguel Carqueija

Quando o degelo da Antártida se acelerou, as regiões costeiras da América do Sul foram súbita e rapidamente inundadas, numa tremenda catástrofe climática. Por acaso encontravam-se no Rio de Janeiro um líder do centro (Álvaro Dias), um da esquerda (Lula) e um da direita (Bolsonaro). Os três se refugiaram apressadamente no alto do Corcovado, aos pés da estátua do Cristo Redentor, junto com uma multidão de pessoas apavoradas. Travou-se então entre os três políticos o seguinte diálogo:
Álvaro — Como podíamos imaginar um desastre desses, tão avassalador? Mal tivemos tempo de escapar! Agora estamos ilhados aqui em cima, o Rio todo coberto pelas águas, parece o dilúvio! Teremos que ser resgatados de barco ou helicóptero!
Lula — O pior é que não tem botequim aqui em cima!
Bolsonaro — Ah, se eu pego aquela pirralha...


(NOTA: no discurso pronunciado em Davos, Suíça, no dia 21 de janeiro de 2020, durante o Fórum Mundial de Economia, Greta Thunberg declarou que o que menos lhe importa é a ideologia (de políticos e governantes) e que todos — esquerda, direita e centro — falharam. Ou seja, ela não livrou a cara nem do centro e deixou bem claro que seu discurso é ideologicamente neutro.)

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.
Miguel Carqueija
Enviado por Miguel Carqueija em 30/01/2020
Reeditado em 30/01/2020
Código do texto: T6854277
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