Ser ou não Pertencer...
Sobre a verdade curta e grossa, os dicionários e sinonímias foram criados para não serem lidos. Portanto, verdades não possuem sinônimos e são tocáveis; e além de indutoras ao erro, contestáveis.
Sociedade é: ...excessiva humilhação e escárnio, para pouca aplicação de sentimento e emoção; ou nenhum sentimento de verdade e retidão, para exorbitantes hipocrisias? Para o bem da verdade, como declarou Martin Luther King, "para ter inimigos, não precisa declarar guerras, apenas diga o que pensa".
Outras sentenças idiomáticas para o conjunto cheio chamado sociedade: a imagem e semelhança de um Deus desonesto, desigual e injusto; o signo que só diz benevolências; da planta desmatada; a riqueza além necessidade; a miséria do pobre; o samba na mesa do bar; o funk fora de hora; o médico que cobra horrores de dinheiro pela vida daqueles que não tem mais 15min de vida em consultórios blindados pela morte; a verborragia generalizada e extremista de quem escreve este artigo; a merda sedenta por um pouco de água nos vasos sanitários dos banheiros públicos; as leis de vírgulas, ponto-vírgula e hiatos que prendem os honestos e eximem os desonestos de pagarem o que devem para a sociedade; o natal que pacifica o mundo em apenas um mês; a religião pregada pelos adoradores de um Deus inexistente; os covardes que ocultam a verdade, cuja finalidade é só e somente, manterem-se nos elevados cargos. Esses ganham altas cifras sugadas sem esforço do suor alheio.
A Educação de professores que ensinam e professam o que as mãos nunca exercitaram; do tráfico nos quintais; do filho nada produtivo, vagabundo que dorme até o meio-dia, mas que nas falas dos pais, é o melhor filho do mundo; do papai noel charlatão que usa as criancinhas para endividar os adultos, pais, aposentados e avós; das baratas ululando nos esgotos; dos ratos enfileirados para degustar os restos do banquete à meia-noite; das favelas que alimentam a indolência; da política para os corruptos e corruptores; do adultério aos montes; do futebol que aliena e bestializa; da explicação que nunca, jamais, se explica sozinha. Há outras várias, miríade, profusão de párias sociais, mas para quem entende de ortografia, um pingo é letra.
Ser ou não ser; pertencer ou não pertencer; fazer ou não parte? Eis o resumo da ópera escrita pelos misantropos sociais. Sobretudo, fracasso social é a redundante habilidade humana presente nos humanistas, de tudo explicar, saber tudo de tudo e nada na prática, resolver. Tenho que culpar a minha atual surdez por não ter ouvido o meu velho progenitor, que dizia categoricamente que seus filhos estudavam para asno, porque inteligentes nasceram. Louvado sejam os verdadeiros e honestos de palavras e rigor no trato com as coisas cotidianas!
E se não é uma coisa ou outra, sociedade é... o álbum velho e roto de honestas e sinceras figurinhas; as rodadas de vinho, cervejas, aguardentes que embebedam as cadeiras e sofás perdidos nas rodas familiares ao cair da tarde, que não colam sozinhos. E nesse tiroteio imensurável, sigo sem tino, procurando saber para que lado corro.
Mato ou morro? Majestade querida, socorro!
P.S.: No dia que as sociedades deixarem de ser o que são, as profecias se cumprirão e o Messias: "O Prometido", voltará a Terra para salvar a manada de ingênuos e ignorantes; porque as riquezas acumuladas através do saber e conhecimento levaram os pensantes às condições e estágios evolutivos, os quais a humanidade se encontra. Se esqueceram, lembro-vos que a humanidade está na era do Mimimi diplomático; ou cafés e mais cafés engravatados, regados com pizzas de sapatos lustrados em churrascarias; e o discutido em plenária, quem quiser que resolva. Afinal, resolver os problemas dos humanos é esforço demais para alcançar o vento.