Estas são do papai
Sono na tarde, que entre calor e vento quente, divide a vontade de dormir a uma necessidade de descanso nas altas do sol de setembro no Piauí.
— Meninos, não façam barulho que acorda o pai de vocês, diz a mãe em sua doçura.
Tece-se um desenho de risos e correria, de crianças embaixo do cajueiro, de cheiro de castanhas sendo assadas...
— Ahrra! Vocês me acordaram e de castigo, as minhas castanhas eu escolho, fala o pai com palavras de bravura, mas com um sorriso no olhar.
E sob a sombra da árvore, os meninos quebram as castanhas separando as inteiras numa vasilha para o pai e, ouve-se, ao mesmo tempo, um cantarolar de passarinhos juntados aos assobios do pai das crianças.
“Bem-te-vi!”