SOBRE O BICHO  HOMEM
 
Sem nada pra fazer fui pra janela espiar a rua, as gargalhadas passou o primeiro bicho homem, logo em seguida passou um outro  tão irado, que logo  lembrei de Montaigne, pela maneira como     analisava nós mortais;  dizia ele que somos  de natureza muito pouco definida, estranhamente desigual e diverso. Difícil seria   julgar  de  maneira decidida e uniforme, enquanto um chora outro ri; enquanto um se diz triste outro se diz alegre; enquanto um mente outro diz a verdade; enquanto um ama outro desama e, finalmente, enquanto um vive outro morre...
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 11/11/2016
Reeditado em 12/11/2016
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