IMIGRANTES DE LÁ E DE CÁ
Num tempo em que meu bairro ainda era periferia, as ruas sem asfalto tinham nomes de moradores antigos. Alguns ainda vivos à época. Minha rua recebeu o nome de um velho imigrante italiano de pés e mãos retorcidos pela artrose e um sorriso pontuado por fiapos de dentes. Tínhamos medo daqueles italianos e portugueses. Havia até uma família de gregos. Mas estes logo preferiram voltar para o calor do Mediterrâneo.