A vida na rua

Levantou-se, num esforço que castigou todas as células de seu corpo sofrido, entortado pela vida na rua, pela falta de comida e pelo excesso de álcool. Despiu-se lentamente, um trapo depois do outro, deixando o corpo imundo ser varrido pela ventania e lavado pelo temporal. No meio da rua, lágrimas e chuva em corredeira, jogou a cabeça para trás e olhou, mesmo com olhos fechados, para o céu, ergueu os braços e clamou.

Alexandre Anastasia
Enviado por Alexandre Anastasia em 07/12/2013
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