NA JANELA

Na porta ele se despediu.

Ela foi à janela para vê-lo ir-se embora. Na janela ela ficou soluçando, até ele desaparecer de sua vista.

Depois, todos os dias, na janela, ela lembrava-se dele. Quantas vezes esperou por ele, ali, naquela janela...

Agora, todos os dias, naquela janela ela esperava a volta dele.

Esperando, concluiu que as casas têm janelas para isso mesmo, para ver a pessoa amada partir, e para esperar a sua volta.

Mesmo que não haja volta.

Egon Werner
Enviado por Egon Werner em 11/04/2012
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