NA JANELA
Na porta ele se despediu.
Ela foi à janela para vê-lo ir-se embora. Na janela ela ficou soluçando, até ele desaparecer de sua vista.
Depois, todos os dias, na janela, ela lembrava-se dele. Quantas vezes esperou por ele, ali, naquela janela...
Agora, todos os dias, naquela janela ela esperava a volta dele.
Esperando, concluiu que as casas têm janelas para isso mesmo, para ver a pessoa amada partir, e para esperar a sua volta.
Mesmo que não haja volta.