A Bailarina
Ana adorava comer e também adorava o ballet. Duas paixões que nunca daria em casamento. E ela sabia que para ser uma bailarina profissional exigia esforços contínuos dos seus pés e muito mais, a disciplina em relação a sua maior fraqueza: a comida.
Decidiu sem sombra de dúvida que o ballet era mais importante. Tornou-se profissional: viajou, dançou muito, sonhou, chorou, alegrou-se. Reconhecida no universo da dança; mas seu olhar era sempre triste pois nunca podia comer seu doce favorito, sem vomitar ou tomar laxante. Quando teve sua primeira crise aos 25 anos, já bailarina respeitada, teve bulimia que a levou a depressão, e da depressão ao suicídio.
Hoje, ela dança com as suas sapatilhas de ponta nos braços da morte, e lá não há doces, só os sonhos que passou...