SALVE-SE QUEM PUDER!
O enorme navio adernou de lado e então, começou a afundar naquele mar traiçoeiro e escuro. A sorte estava lançada, sem retorno e prometia fazer daquela viagem o túmulo dos navegantes. Enquanto isso, dentro do navio, a esperança se prendia por um fio cada vez mais tênue, esticada pelo som dos gritos de desespero.
- Abandonar o navio! Rápido! - Berrou o capitão. - Mulheres, velhos e crianças primeiro!
Um marinheiro novato, que estava ajudando uma mulher e seus seis filhos a saírem do navio, aproximou-se e disse:
- Como o senhor é humanitário, corajoso e destemido Capitão!
- Não seja tolo, marinheiro! Se os tubarões estiverem de barriga cheia, eles não vão querer saber da gente!