O Plano
O céu noturno se abria a sua frente, vibrante.
Sua mochila nas costas, naquele momento, nem pesava tanto. Os pés descalços experimentavam a areia macia. O barulho ritmado revelava o mar calmo que se esticava para alcança-lo.
- Ei!
Alguém havia se aproximado.
- Ah oi. - A emoção e o medo eram inquilinos, compartilhando cômodos do seu ser.
- É impossível contemplar tudo isso sem deixar os olhos umedecerem, ao menos um pouco...
- Sentindo esse vento, estando aqui, fato.
Não necessitavam saber nomes, nada. Deixaram-se ficar ali.
O que fazer? O que esperar? Não tinha a mínima ideia. O plano que insistentemente nunca o abandonara durante o período de quarentena só o levara até ali.
Sem perceber, suas mãos se uniam.
O novo mundo despertaria em poucas horas.