Tristezas do ofício

Levanto cedo, todos os dias, antes mesmo do Sol fazer-se visível a nós. Diariamente é o mesmo trajeto, a mesma locomotiva, as mesmas visões e as mesmas amarguras.

Cada golpe que o chão leva é uma esperança que morre e outra que nasce. Nesse fim de mundo só quem tem fé aguenta. Não se pode descansar, apenas o trabalho é tolerado.

No fim, volto para casa, perdi mais um dia de minha vida, mais uma vez eu não tive alegria. Fecho meus olhos para não lembrar o amanhã.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 27/08/2020
Reeditado em 27/08/2020
Código do texto: T7048054
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