Novo mundo
No horizonte o pôr do sol, em sua mão o artefato sagrado, ao seu lado há a lança encravada no chão. Aponta em direção ao astro dourado o seu instrumento ancestral, jorra-lhe água cristalina, juntamento com o ocaso ele some, sugado pela poça mística que surgiu no solo.
O cenário agora é outro, não há mais as montanhas e nem as gramas, os carvalhos de outrora não tinham espaço ali. Onde pisava era areia, esbranquiçada, algumas palmeiras espalhadas por ali, poucas. Uma brisa forte ia contra seu corpo, de frente para o mar, cristalino.
Era sua nova realidade, mas foi sua escolha, conviveria com o seu novo mundo, tropical, vasto, perigoso, mas aconchegante, quente, vulcânico. Os totens coloridos, sobrepostos de velas feitas das palmas, o seu rito de iniciação começaria.
O seu novo corpo lhe seria dado, ao ser jogado a Katnu, o vulcão, que lhe compensaria pelo sacrifício próprio com um físico nato, era a sua entrega ao novo ambiente, seu novo lar e nova vida, a qual ficaria pela eternidade.