Sininho

E no parquinho atrás da faculdade o casalzinho se atracava em ardentes beijos, eis que o sino da Igrejinha badala 23h

Instantaneamente a rua é tomada por uma escuridão quase palpável. O ar quente exalado da respiração sôfrega do casal se materializa em uma fina névoa imperceptível naquele breu.

Os dedos se entrelaçam em nítido desespero emocional e o aroma do medo se propaga no vento frio que sopra bagunçando os cabelos amassados.

Um facho de luz toma o casalzinho, que se some diante a treva novamente instalada.

O sino badala sozinho a chegada da meia noite.

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 24/07/2014
Reeditado em 24/07/2014
Código do texto: T4894685
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