BARRIL DE PÓLVORA
Em um galpão abandonado, repousa o barril de pólvora. Silencioso, esquecido, mas carregado de potencial.
À primeira vista, parece inofensivo, um objeto comum, mas dentro dele reside a tensão de algo maior, algo que pode explodir a qualquer momento.
Ele é como um ser humano que carrega, em sua quietude, tempestades de sentimentos, paixões contidas, raiva acumulada, sonhos não realizados.
Sua casca é resistente, mas não impenetrável, uma barreira contra o mundo, mantendo as explosões internas escondidas.
No entanto, uma faísca – uma palavra, um olhar, uma lembrança – pode transformar sua calma aparente em caos.
É essa dualidade, entre o controle e o descontrole, entre a quietude e o poder destrutivo, que o define.
Assim como o barril, há aqueles que, por fora, parecem calmos, serenos, mas por dentro abrigam forças que, uma vez liberadas, mudam tudo ao redor.
O barril de pólvora no galpão esquecido é a metáfora de uma alma que, mesmo ignorada, contém um universo pronto para eclodir.