AO NASCIMENTO DO POEMA
AO NASCIMENTO DO POEMA
O nascimento, desde o exterior,
Vê o tudo habitável,
Por distâncias naufragadas.
Intervalos úmidos,
Preparam telas,
Com o quebrar arejado,
Das respirações demonstrativas da infância.
As perdas localizam idas,
Em noites iluminadas por paraísos,
Apreendendo unicidades.
A indicação do movimento,
Faz do voo,
Uma pressa anexada.
O já nega,
O haver das canções.
A carga das posses fraternas,
Canta recordações.
Os sons do afastamento opcional,
Diminuem os desagrados do florescer.
Posições geradas pelos perfumes das horas,
Brilham para o talvez do jamais.
A existência do senão,
Acalma a esperança.
A grandeza, encostada a dias juntos,
À margem de passos,
Transporta geograficamente o agora,
À fechadura do poema.
Sofia Meireles.