Noturno
Pela cidade,
a poesia perambula
perseguindo a tua imagem
em versos, giros e rodeios
deslizam na distante faixa,
os aros dos pneus,
no rastro deixado
no asfalto escuro.
Um perigo!
a frenagem no molhado,
e no embaçado retrovisor,
os sonoros arcos respingados.
Um grito sufocado.
O atrito...
O impacto...
a quase noite dos teus olhos,
num lampejo atropelado.