POESIA É O QUE NUNCA TERMINA...
Parte I
(Ode à Arte)
Poesia é para ler o contexto,
explicar o instante,
embelezar o momento.
Poesia é para criar o original e para dizer o clichê.
Para conhecimento geral e para surpreender.
Mesmo ultrapassada, não é démodé.
Poesia é liberdade de expressão.
Delacroix guiando o povo,
Castro Alves, baluarte dos negros, herói da nação.
Poesia é margem, à margem, marginal.
Não cede aos espectros legais,
corre bandida pelas linhas imorais.
Poesia é a bússola dos incompreendidos
para uma vida sem sentido,
a direção dilacerada dos poetas malditos!
Poesia é Baudelaire, Byron, Poe, Rimbaud...
Cristina, Torquato, Hilst...
Augusto, Álvares, Leminski.
Poesia é a fotografia da imaginação,
dos sentimentos, do coração.
É a sinestesia do movimento.
Poesia é o cheiro da tinta escura
delineando-se pelo papel,
como um perfume de Coco Channel.
Poesia é declaração de amor, réquiem.
Verso branco correndo sujo no poema de Gullar,
sonetos de Camões, Gregório a desdenhar.
Poesia é o texto que nunca termina,
o verso analítico.
A intenção para o infinito. Infinitivo.
RAIMUNDO, Agmar. Baladas de Sangue. São Paulo: Ed. Giostri, 2020, p. 96.
#baladasdesangue
#cancoesdearetaeus
Parte I
(Ode à Arte)
Poesia é para ler o contexto,
explicar o instante,
embelezar o momento.
Poesia é para criar o original e para dizer o clichê.
Para conhecimento geral e para surpreender.
Mesmo ultrapassada, não é démodé.
Poesia é liberdade de expressão.
Delacroix guiando o povo,
Castro Alves, baluarte dos negros, herói da nação.
Poesia é margem, à margem, marginal.
Não cede aos espectros legais,
corre bandida pelas linhas imorais.
Poesia é a bússola dos incompreendidos
para uma vida sem sentido,
a direção dilacerada dos poetas malditos!
Poesia é Baudelaire, Byron, Poe, Rimbaud...
Cristina, Torquato, Hilst...
Augusto, Álvares, Leminski.
Poesia é a fotografia da imaginação,
dos sentimentos, do coração.
É a sinestesia do movimento.
Poesia é o cheiro da tinta escura
delineando-se pelo papel,
como um perfume de Coco Channel.
Poesia é declaração de amor, réquiem.
Verso branco correndo sujo no poema de Gullar,
sonetos de Camões, Gregório a desdenhar.
Poesia é o texto que nunca termina,
o verso analítico.
A intenção para o infinito. Infinitivo.
RAIMUNDO, Agmar. Baladas de Sangue. São Paulo: Ed. Giostri, 2020, p. 96.
#baladasdesangue
#cancoesdearetaeus