Alívio do poeta

Na busca de alívio recorro ao caderno

Algo que me tire do sofrimento eterno

Ao desentalar o grito preso na garganta

Busco também criar uma obra que encanta

Passo noites brigando com as palavras

Aquelas que pensava serem aliadas

Quanto mais busco por uma rima rica

Mais pobre de significado meu texto fica

Mas então percebi que estava cego

Porque poema não se trata de ego

Enquanto não ouvir sua alma o escritor

Jamais conseguirá aliviar sua dor

Abertos os olhos, vejo novo horizonte

E as ideias surgem feito água na fonte

A tristeza que outrora me tirava a visão

Hoje me serve de inspiração

Afonso Taddeo
Enviado por Afonso Taddeo em 12/06/2020
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