Jardim de complexidades cultivado do Carmo (amor)
Observar
o vasto campo
de pastagens amortecidas
tonalizadas pelo frio
temperaturas de vislumbres
gado no pasto
tenro
autos de fé na vida
nossos braços
guarida.
Os bois atravessam
os limites
das cercanias
argutos cavalos
mais além
rompem a tarde
do Carmo
jardim de complexidades bem cultivado
palmeiras pontilhadas
torre única no vão
do mistério
minha enamorada
cúmplice das percepções
brinde ainda
em tempo:
arrebol íntimo
intimidade renovada
as arestas dessas
horas invernais
são singelas
telas de tintas
no mês de julho
âmago de Minas
e as almas alertas
despertas
no consolo das montanhas.
Casas
casarões revelados
janelas de cenários escondidos
tesouros preservados
no salpicar
das pedras ancestrais
brilhantes
da rua central
veio disforme
de um patrimônio
recolhido
relicário de Espíritos
gerais
luz incerta?
medianeira fonte
águas de frescor
límpida jornada.
Pétala da azaleia
desfolhada
terna carne
de toques
sabores
estanques de sina
suave
anímica
surdina
metáfora de nós
imensos céus do porvir
lentas tardes de graça
substratos profundos
glórias encarnadas
exangues também
ausência de máculas
sereníssimos cerúleos
festivas celebrações
das tradições
quermesses
oratórios inversos
orgulhos.
Observar: O ontem em nós e esquecer
o vasto campo: possibilidades que já nos consomem
de pastagens amortecidas: a fome do absurdo entre as mãos e toques
tonalizadas pelo frio: gelados, partidos, rompendo instantes novíssimos
temperaturas de vislumbre: em atmosferas de precisão, análise do outro
gado no pasto: no peso sólido das emoções verdadeiras
tenro: tocadas na intensidade exata
autos de fé na vida: da esperança nunca perdida
nossos braços: ainda sentida, intuída,
guarida: enfim.
Os bois atravessam: percepções profundas, lentas,
os limites: atravessam o existir carnal de sensações, impressões
das cercanias: estampadas e libertas
argutos cavalos: em pulsações de novidade e amplidão
mais além: sem limites,
rompem a tarde: sublimando o tempo além.
do Carmo: O bem cuidado,
jardim de complexidades bem cultivado: lapidado, polido
palmeiras pontilhadas: em paisagens de vertente interior,
torre única no vão: massiva presença,
do mistério: oculta memória
minha enamorada: de um amor antigo,
cúmplice das percepções: simbiótico e conhecido
brinde ainda: de regozijos plenos,
em tempo: ainda novo
arrebol íntimo: de embotamento calmo
intimidade renovada: atitude remoçada,
as arestas dessas: aparos,
horas invernais: aconchegos longos,
são singelas: únicos, diferentes
telas de tintas: de artística forma
no mês de julho: na precisão do meio de duas vidas,
âmago de Minas: no sabor da terra que nos molda
e as almas alertas: e reveste o sopro
despertas: de renascimento
no consolo das montanhas: e solidez eterna.
Casas: Acolhimentos certos,
casarões revelados: amparos claros
janelas de cenários escondidos: de aberturas misteriosas,
tesouros preservados: ouros e diamantes jazem,
no salpicar: pulverizados adornos,
das pedras ancestrais: almas antiquíssimas
brilhantes: cintilantes
da rua central: no caminho da semente,
veio disforme: trilhar serpenteante
de um patrimônio: de bem análogo,
recolhido: obtuso,
relicário de Espíritos: lembranças das almas
gerais: iguais.
luz incerta?: Bruxuleante?
medianeira fonte: iniciativa interna,
águas de frescor: renovação translúcida
límpida jornada: de nítido caminhar.
Pétala da azaleia: Pele rara dos campos
desfolhada: devastada
terna carne: e quente ensejo
de toques: de sensações,
sabores: palatos,
estanques de sina: fins de destino
suave: etéreo,
anímica: âmago,
surdina: silêncio.
metáfora de nós: Significados intrínsecos,
imensos céus do porvir: gigantes auroras de futuro,
lentas tardes de azul: presumidos finais anis,
substratos profundos: terras abissais,
glórias encarnadas: vitórias em sangue,
exangues também: inexistentes,
ausência de máculas: purificados,
sereníssimos cerúleos: domesticados espaços,
festivas celebrações: comemorações de exultar,
das tradições: festividades sempre,
quermesses: comensais,
oratórios inversos: preces
orgulhos: e esquecimentos.
O ontem em nós e esquecer
possibilidades que já nos consomem
a fome do absurdo entre as mãos e toques
gelados, partidos, rompendo instantes novíssimos
em atmosferas de precisão, análise do outro
no peso sólido das emoções verdadeiras
tocadas na intensidade exata
da esperança nunca perdida
ainda sentida, intuída,
enfim.
Percepções profundas, lentas,
atravessam o existir carnal de sensações, impressões
estampadas e libertas
em pulsações de novidade e amplidão
sem limites,
sublimando o tempo além.
O bem cuidado,
lapidado, polido
em paisagens de vertente interior,
massiva presença,
oculta memória
de um amor antigo,
simbiótico e conhecido
de regozijos plenos,
ainda novo
de embotamento calmo,
atitude remoçada,
aparos,
aconchegos longos,
únicos, diferentes,
de artística forma
na precisão do meio de duas vidas,
no sabor da terra que nos molda
e reveste o sopro
de renascimento
e solidez eterna.
Acolhimentos certos,
amparos claros
de aberturas misteriosas,
ouros e diamantes jazem,
pulverizados adornos,
almas antiquíssimas,
cintilantes
no caminho da semente,
trilhar serpenteante
de bem análogo,
obtuso.
Lembranças das almas
iguais.
Bruxuleante?
iniciativa interna,
renovação translúcida
de nítido caminhar.
Pele rara dos campos,
devastada
e quente ensejo
de sensações,
palatos,
fins de destino
etéreo,
âmago,
silêncio.
Significados intrínsecos,
gigantes auroras de futuro,
presumidos finais anis,
terras abissais,
vitórias em sangue,
inexistentes,
purificados,
domesticados espaços,
comemorações de exultar,
festividades sempre,
comensais,
preces
e esquecimentos.