Do poetizar II

Sempre há um motivo

Para o poeta se inspirar.

A linguagem é infinita...

É preciso que ele insista

Em continuar no mundo

De jogos e sentido

Da língua que perpassa

A diversidade de gerações.

É para quebrar as barreiras

Da resistência à beleza,

Que a poesia em nós

Sensibiliza e traz clareza

Aos olhos que divagaram.

Olhos que se perderam

Com coisas que não param

De cegar o tempo deles.

Ah... Quanto devo à poesia?

O preço da liberdade...

Ela vem para desvendar

Aqueles olhos acostumados ao escuro.

Faz renascer o calor do dia

Para secar o sereno que esfria.

Faz reviver a dor da verdade,

Tirando a maquiagem da hipocrisia.

Lucas Costa.