Metapoesia
Com essa metapoesia
eu pretendo:
afirmar que a poesia não é planejada, pensada
ela nasce de uma ideia ou simples contemplação:
Utopia do amor, viagem sem destino;
desventura ou cotidianidade.
É falta de sentido que
invertidamente
faz sentido.
É jogo de palavras, brincadeira de criança.
É transpirar, coisa de adulto.
É tortura, em plena inquisição espanhola.
Desejar, ansiar
criar expectativas e
não realizá-las.
É revolução na perspectiva
obra do zeitgeist ou
contestação deste.
Perceber grandes pensadores ou
pessoas marginalizadas.
Onipresente, espaço-tempo.
É a partida do início, contradição.
É pleonasmo, licença poética,
liberdade de criação.
Sem autor, ‘eus’
completamente pessoal e
subjetiva.
É amorfa, mas
dotada de todas formas possíveis
É irregularidade
em mundo tão
de ‘pernas pro ar’.
Ausente de indiferença,
pois ou a amam ou
não a leram direito.