Na linha do trem


Os sonhos?! Estou me doendo deles,gastam mais dos seus excessos,
E dos seus inevitáveis  trens de ferros,e me equilíbro nos trilhos;
Aguardo na ferrovia;e as costas me curvo do silêncio do apito;
Mais desequilíbrio me debruço sobre teu esquife e choro mais trilhos !!

E ouço ,apito de trem ou de asa de graúna,aqui nem cotovias navegam;
É o trem de apito e o esquife de mim,chorado,eu mesmo comprei um tear,
Fiz blusa de cores,muito linda e cessou tear,agora,cadê mesmo o trilho?!
Cadê o sonho,poeta,a palavra é o excesso,passo mal da vida,poeta!?

Poeta,cadê o trem,o sonho e o trilho,por certo que vi,ouvi apito,e graúna,
Cadê,amigo meu de pena e tinta -nanquim,viste sabugueiro, viste sabiazinha?!
Deve estar no ipê roxo,ou na lranjeira!Poeta trem já vem?! Cadê o trilho?!

Poeta mente não, tem ferrovia de partir,ou é um pomar de jabuticaba e romãs?
Cadê os sonhos,poeta,chorarei no teu esquife o que de vida faliste?! Ou a mim?!
Doe tudo aqui,sabugueiro e canavial,cadê trem de ferro,poeta,olha,vai pardal!!




 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 16/06/2019
Reeditado em 16/06/2019
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