Onipoético
Não preciso crer em Deus para falar de amor.
Não preciso acreditar em vida eterna para falar de alma.
Estrelas-do-mar morrem na praia para verem feliz a criança,
assim como as cadentes brilham nas rotas de seus acidentes
para que olhe o céu com esperança,
a luz cercada de breus.
Amor, alma, criança,
estrelas-do-mar ou cadentes,
esperança, acidentes,
na poesia tenho tudo. Sou Deus.