O Novo Cristianismo Politicamente Correto

O Novo Cristianismo Politicamente Correto

“Existe um evangelho de açúcar. Busque o Evangelho que rasga, que lhe faz brotar lágrimas, que lhe dá cortes e feridas na sua consciência, o Evangelho que mata seu eu, porque esse é o Evangelho que nos dá vida de novo”.

C. H. Spurgeon

O ensinamento de Charles Spurgeon é tão atual como foi no século 19.

No mundo do politicamente correto busca-se evitar ofender, excluir e/ou marginalizar grupos de pessoas que são vistos como desfavorecidos ou discriminados, especialmente grupos definidos por gênero, orientação sexual ou cor.

É aceitável e até importante usar tais ações em questões políticas. Mas inseri-las no cristianismo?

O retrato da sociedade brasileira e de alguns outros países é bem parecido, no sentido de se tentar criar um cristianismo liberal, que aceita tudo e todos.

Como exemplo o movimento LGBT criou uma nova versão da Bíblia para corrigir supostas injustiças do texto com os homossexuais e uma grande parcela dos “cristãos” apoiam a ideia. Para dar força ao movimento buscam o apoio político de partidos que em suas raízes são ateus. A questão é que Bíblia é manifestamente contra o homossexualismo, fato incontroverso entre os teólogos.

Portanto, para seguir “seu cristianismo” sem empecilhos a comunidade LGBT criou a sua própria versão da Bíblia e, consequentemente de Cristo também.

Outro exemplo, o movimento feminista busca o direito de praticar aborto irrestritamente e persegue os cristãos por serem contra o ato. Daí os cristãos são taxados de intolerantes que não possuem empatia para com o próximo.

Movimentos socialistas criaram a ideia de que grupos marginalizados são vítimas da sociedade, de forma que, eles não têm culpa de ser assim, a culpa é da sociedade. Oportuno citar a frase de Jean-Jacques Rosseau: “O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”.

No entanto, o cristianismo ensina a prática desses marginais é pecado. Ou seja, a culpa não é da sociedade, a culpa é do pecador, que precisa de Cristo para ter perdão.

“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” Romanos 3:10

“Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só”. Romanos 3:12

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Romanos 3:23

Veja a seriedade da questão: no “novo cristianismo do politicamente correto” não existe pecado, Jesus ama a todos e aceita todos como eles são.

Todavia, o verdadeiro cristianismo é uma religião monoteísta, com seus princípios pautados na Bíblia e consequentemente regido por ela. Qualquer teólogo honesto e respeitável concorda que o evangelho de Cristo deve ser analisado à luz das escrituras de forma completa, incluindo antigo e novo testamento.

Jesus disse: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir” Mateus 5:17

Embora a cruz de Cristo tenha trazido efeitos sobre a aplicabilidade da lei mosaica, os princípios do Antigo Testamento ainda permanecem.

Todavia, nesse “novo cristianismo” as pessoas desprezam os textos de Paulo e do Antigo Testamento, se fundamentando apenas nas palavras de Jesus. Nesta lógica, se Jesus não falou sobre determinado assunto significa que ele permite.

Ora, não é sobre essa premissa que um teólogo utiliza da hermenêutica, caso contrário sua exegese estaria comprometida.

Jesus não foi homossexual como muitos defendem, pois ele obedeceu ao Antigo Testamento que condena a prática.

Jesus não defendia o aborto, pelo contrário, como cumpridor da lei era contrário ao assassinato de crianças, principalmente no ventre das mães, consoante textos de Sl. 139:16: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe” e Ex. 20:13: “não matarás”.

Jesus não defendia vício, furto, roubo, fraude e prostituição conforme lista descrita em Gálatas 5. Ao morrer, Jesus não levou todos os pecados da humanidade na cruz do calvário. Esse novo movimento “cristão” defende o universalismo. Utilizam da fala de João Batista (Jo. 1:29) para dizer que “Jesus tirou todo o pecado do mundo”, portanto você pode fazer o que você quiser que não é pecado.

Na verdade, Jesus também disse palavras muito duras, o que é deixado de lado por muitos.

João Batista, ao falar acerca de Cristo disse o seguinte:

“Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará”. Mateus 3:12

Ao dizer palha, João se refere a pessoas. Um discurso chocante sobre Cristo. O inferno é real e Jesus falou mais sobre ele do que sobre o céu.

Jesus também disse:

Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;

Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.

Mateus 10:34-36

As palavras de Jesus são duras. Ele ensinou o seu evangelho traria divisão entre as pessoas, principalmente familiares. Como disse Spurgeon, o evangelho de Cristo rasga, fere nossa consciência.

O senso de justiça da sociedade está se tornando cada vez mais corrompido, a tal ponto de condenar os ensinamentos bíblicos, taxando-os cristãos de homofóbicos, discriminatórios, cruéis e fascistas.

Esqueceram-se da outra face de Cristo, a face da justiça.

Em Mateus 23 Jesus chamou um grupo de pessoas de hipócritas, cegos e devoradores de viúvas. Jesus disse que eles eram semelhantes a sepulcros caiados e cheios de iniquidade. Chamou-os de serpentes, raça de víboras e que não escapariam do fogo do inferno. Em Jo. 2:15 Jesus açoitou um grupo de pessoas que estavam no Templo.

Será que Jesus foi cruel demais? Ele esqueceu das vítimas da sociedade? Será que ele não agiu com discriminação ao grupo dos fariseus? “Jesus fascista!”

Uma vez C.S Lewis disse:

“Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo”.

Sim, seguir o cristianismo não é para muitos, por isso Jesus disse em Mt. 7:13,14:

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”.

Como já dito, o cristianismo é monoteísta, não se admitindo a adoração a outros deuses. No entanto, o “Novo Cristianismo Politicamente Correto” é ecumênico, nele há espaço para outras religiões, o importante é paz e Deus no coração.

Daí entra o problema da política. Alguns partidos políticos, que são indiferentes à fé, buscam apoio dos grupos antagônicos, das minorias, para ganhar votos.

Como as religiões africanas são minoria no Brasil, se tornam um forte campo para angariar votos. Então, com a utilização da política e filosofia, atacam o cristianismo como sendo uma doença na sociedade. Aceitam somente aqueles “cristãos” politicamente corretos.

Porém, a Bíblia é contra a adoração a imagens (Ex. 20:3,3); é contra a consulta ao mortos (Dt. 18:11); é contra a feitiçaria (Mq.5:12; Gl. 5:20).

A imagem distorcida que fizeram de Cristo é tão diabólica que tira dele sua divindade, transformando-o em um homem exemplar, um profeta da época. Também removeram da cruz a expiação, a remissão dos pecados, de forma que o homem não precisa mais se arrepender.

Nesta ótica, Jesus é apenas mais um guru dos “cristãos”, enquanto as outras religiões possuem os seus próprios gurus e, todos, servem ao mesmo deus, buscam a mesma paz e a vida em harmonia.

Como o Jesus tradicional é antiquado para suas ideologias, criaram um “Jesuis camaleão e Frankenstein”, que se transforma naquilo que você quiser. Um Jesuis que apoia todos os tipos de grupos (mesmo eles sendo contrários entre si). Criaram um “Jesuis” homossexual, pedófilo, drogado, incestuoso e preconceituoso, um deus que é contra os Judeus, Cristãos e Família tradicional. O “Jesuis” politicamente correto apóia os grupos “diferentes”, afinal “não existe mais pecado”.

O problema é que este “Jesuis” criado não é Sumo Sacerdote, não é mediador, não é o Caminho, Verdade e Vida, não é Salvador, não é Cristo, não é Deus.

Essa é a religião ecumênica do final dos tempos, o “Novo Cristianismo Politicamente Correto”. Todavia, é condenada pela Bíblia.

Gálatas 1: 9. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. - Bíblia

Efésios 5: 11. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. - Bíblia

O verdadeiro cristão não comunga com estes ensinamentos macabros, mas permanece fiel à Palavra de Deus.

Por Mendel Rossi – 04/07/2022

Mendel Rossi
Enviado por Mendel Rossi em 04/07/2022
Reeditado em 04/07/2022
Código do texto: T7552364
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